sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Olhos de céu
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Valéria Britto
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13:28
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Bem me quer
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Valéria Britto
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22:00
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Em tua direção
Te abraço
numa promessa de infinito
Sinto seus braços ao redor de mim
- laços
Te prometo boca e caminhos
Sussurro amores.
Ser tua está escrito nos meus passos
- vou indo em tua direção.
numa promessa de infinito
Sinto seus braços ao redor de mim
- laços
Te prometo boca e caminhos
Sussurro amores.
Ser tua está escrito nos meus passos
- vou indo em tua direção.
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Valéria Britto
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13:25
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Complemento
Não somos metades.
Inteiros assim, você estrada e eu jardim,
vamos lado a lado.
Floresço nos dias de felicidade
espero nas tempestades.
Na aspereza do passo
descortinamos horizontes
e vamos
eu semeando
você margeando.
Somos o som e o silêncio
o aceno e o reencontro
Partimos sem jamais deixar o outro.
Nos canteiros as promessas de primavera
nos retrovisores o caminho de casa.
Somos a promessa que se cumpre:
amor para sempre.
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Valéria Britto
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00:09
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terça-feira, 27 de novembro de 2012
Imensuráveis
Essas saudades, assim no plural,
doem em medidas imensuráveis.
Dói o peito que pede o seu peito
o olho que anseia por suas mãos
as palavras caladas nesse silêncio solitário.
Volta logo.
Há flores plantadas no jardim
esperando abrir para a sua alma.
Vem.
Que estou envolta em brasas
em tristezas
em reticências.
Meus versos chamam por seu corpo:
vem deitar na rede
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Valéria Britto
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21:46
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Vento
O vento sacode as folhas do pé de acácia
e espalha os seus segredos.
Caem por terra, adentram a minha casa,
vão para distante - num redemoinho.
O vento sacode meus cabelos
e escondo meus segredos.
Guardo-os em meus poemas.
Quem os lê, sente-os em redemoinhos.
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Valéria Britto
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13:36
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domingo, 25 de novembro de 2012
De nuvens e miosótis
Vou de passagem
admiro as sombras projetadas nas serras distantes:
desenhos de nuvens brincando nesse verão.
Ensimesmada penso:
todo peso é pena se no passo há dança.
Sou confusa de mim
perdida dos outros
revelada nas cercas e espinhos.
Solto, prendo, corro, cavo
transpiro miosótis.
Meus suspiros sopram ventanias
trago nos seios amores e vazios.
Sou de passagem
Galho seco, raiz viçosa na terra cinza.
Sou planta de caatinga
espreito a chuva do horizonte
querendo florir minha alma.
admiro as sombras projetadas nas serras distantes:
desenhos de nuvens brincando nesse verão.
Ensimesmada penso:
todo peso é pena se no passo há dança.
Sou confusa de mim
perdida dos outros
revelada nas cercas e espinhos.
Solto, prendo, corro, cavo
transpiro miosótis.
Meus suspiros sopram ventanias
trago nos seios amores e vazios.
Sou de passagem
Galho seco, raiz viçosa na terra cinza.
Sou planta de caatinga
espreito a chuva do horizonte
querendo florir minha alma.
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Valéria Britto
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21:26
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Pueril
A gente já não era mais criança
tinha horário a cumprir
uma agenda cheia de letras importantes.
Qual o que?!
A melhor parte era quando a gente esquecia
que era quarta-feira e chupava picolé na praça.
Alô?
Chama a minha alma pueril?
Obrigada!
Só ela sabe como é difícil suportar a vida sem doces.
tinha horário a cumprir
uma agenda cheia de letras importantes.
Qual o que?!
A melhor parte era quando a gente esquecia
que era quarta-feira e chupava picolé na praça.
Alô?
Chama a minha alma pueril?
Obrigada!
Só ela sabe como é difícil suportar a vida sem doces.
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Valéria Britto
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13:39
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Partida
Se houvesse tempo
se eu pudesse só mais uma vez tomar em meus braços
aquele corpo agora inerte.
Entre os meus soluços e as minhas lágrimas
o silêncio da saudade.
Sei que um dia eu também irei
por esse caminho que ninguém conhece
que não há barganha.
Não há justiça ,
nem injustiça
na morte.
Há esse cheiro de lavanda,
de café, de amor,
na minha memória
e essas mãos postas
tornando tristes meus olhos alegres.
Coisas de que nem sei falar
Calo minha voz
para serenar minha alma.
Essa saudade há de virar passarinho.
Por enquanto arrasto árvores pelas trilhas.
De lá, de onde está me olhando,
sentirá meu padecer?
- para os que sentem a ausência dos que nunca deixam de estar presentes.
se eu pudesse só mais uma vez tomar em meus braços
aquele corpo agora inerte.
Entre os meus soluços e as minhas lágrimas
o silêncio da saudade.
Sei que um dia eu também irei
por esse caminho que ninguém conhece
que não há barganha.
Não há justiça ,
nem injustiça
na morte.
Há esse cheiro de lavanda,
de café, de amor,
na minha memória
e essas mãos postas
tornando tristes meus olhos alegres.
Coisas de que nem sei falar
Calo minha voz
para serenar minha alma.
Essa saudade há de virar passarinho.
Por enquanto arrasto árvores pelas trilhas.
De lá, de onde está me olhando,
sentirá meu padecer?
- para os que sentem a ausência dos que nunca deixam de estar presentes.
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Valéria Britto
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21:55
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terça-feira, 20 de novembro de 2012
Interruptores e chaves
Apaguei as luzes
querendo apagar memórias
Esse rio que corre em mim
quando desaguará no mar?
A metáfora de transbordar
não cabe nos meus olhos
ora tristes.
Icem as velas
Soprem os ventos
Diminuam o açoite dessas palavras duras.
Dentro do armário
há gavetas com sementes
com promessas
com repentes.
Apaguei as luzes
(onde estão minhas chaves?).
querendo apagar memórias
Esse rio que corre em mim
quando desaguará no mar?
A metáfora de transbordar
não cabe nos meus olhos
ora tristes.
Icem as velas
Soprem os ventos
Diminuam o açoite dessas palavras duras.
Dentro do armário
há gavetas com sementes
com promessas
com repentes.
Apaguei as luzes
(onde estão minhas chaves?).
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Valéria Britto
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07:12
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Língua estranha
A imensidão fora de mim
A solidão dentro de mim
De que me falam esses silêncios noturnos
essas luzes de manhãs amanhecidas antes mesmo
que meus olhos cansados tenham visto a mim mesma no espelho?
Língua estranha fala o tempo
mordaças no coração
marcadores de horas soluçando de saudades.
A solidão dentro de mim
De que me falam esses silêncios noturnos
essas luzes de manhãs amanhecidas antes mesmo
que meus olhos cansados tenham visto a mim mesma no espelho?
Língua estranha fala o tempo
mordaças no coração
marcadores de horas soluçando de saudades.
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Valéria Britto
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22:41
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Aos quarenta
Tenho hoje quarenta anos. Quando tinha dezoito pensava que as amigas da minha mãe (e também ela) eram idosas - mulheres tão diferentes de mim!
Desses anos de juventude trago comigo uma miscelânea de fatos, amores, pessoas que me transformaram em mim. Continuo sendo crédula, esperando dos outros sempre o melhor - sou até infantil, às vezes. Fico infinitamente feliz em colocar meus pés na areia da praia, caminhar enfiando meus dedos na parte mais fofa que houver, permaneço encantada com a beleza das pequenas coisas.
Aos quarenta não preciso que me lembrem das agruras da vida, porque ela, a vida, já encaminhou para longe dos meus olhos pessoas maravilhosas e oportunidades ímpares. Tenho certeza de que tudo são estações e que se hoje meu coração sofre, amanhã pode alegrar-se.
Esse caminhar todo dia faz possível a flor, o espinho, o sossego, a tormenta. Faz do coração altar e punhal.
Posso comemorar a felicidade, sabendo-a efêmera. E chorar até os olhos ficarem inchados - essa dor também passará.
A relatividade das coisas, já aprendi. Descubro que talvez aos oitenta aquele coração ansioso e apaixonado dos dezoito ainda esteja contemporizando a vida que existe nos segundos de cada momento.
Desejo serenidade e sabedoria, saber discernir entre tolices e eternidades. Continuo aprendendo. Aos dezoito eu já sabia muita coisa, mas aos quarenta desconstruo minhas muralhas. Novos caminhos, novas conexões. Vida nova em antigos olhos de aprendiz.
Desses anos de juventude trago comigo uma miscelânea de fatos, amores, pessoas que me transformaram em mim. Continuo sendo crédula, esperando dos outros sempre o melhor - sou até infantil, às vezes. Fico infinitamente feliz em colocar meus pés na areia da praia, caminhar enfiando meus dedos na parte mais fofa que houver, permaneço encantada com a beleza das pequenas coisas.
Aos quarenta não preciso que me lembrem das agruras da vida, porque ela, a vida, já encaminhou para longe dos meus olhos pessoas maravilhosas e oportunidades ímpares. Tenho certeza de que tudo são estações e que se hoje meu coração sofre, amanhã pode alegrar-se.
Esse caminhar todo dia faz possível a flor, o espinho, o sossego, a tormenta. Faz do coração altar e punhal.
Posso comemorar a felicidade, sabendo-a efêmera. E chorar até os olhos ficarem inchados - essa dor também passará.
A relatividade das coisas, já aprendi. Descubro que talvez aos oitenta aquele coração ansioso e apaixonado dos dezoito ainda esteja contemporizando a vida que existe nos segundos de cada momento.
Desejo serenidade e sabedoria, saber discernir entre tolices e eternidades. Continuo aprendendo. Aos dezoito eu já sabia muita coisa, mas aos quarenta desconstruo minhas muralhas. Novos caminhos, novas conexões. Vida nova em antigos olhos de aprendiz.
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Valéria Britto
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07:21
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Passagem
Coisas inebriantes:
flores da caatinga
espinhos tirados do pé.
Quando fui encontrar a vida
dei minhas mãos para o acaso.
E no caminho havia luz
ocaso
chegada
e partida.
Ao pé da cerca uma flor miúda e amarela
em meus pés espinhos do juazeiro.
Alento e tormento.
Coisas inebriantes:
flores nos cabelos
e espinhos nos dedos
Tudo passa. Tudo muda.
Mudo tudo: todo passo.
flores da caatinga
espinhos tirados do pé.
Quando fui encontrar a vida
dei minhas mãos para o acaso.
E no caminho havia luz
ocaso
chegada
e partida.
Ao pé da cerca uma flor miúda e amarela
em meus pés espinhos do juazeiro.
Alento e tormento.
Coisas inebriantes:
flores nos cabelos
e espinhos nos dedos
Tudo passa. Tudo muda.
Mudo tudo: todo passo.
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00:41
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Boa noite
O fim que rima com o sim
é final ou recomeço?
Porque, sim, se pereço
não floresço?
- como as sementes?
Parece confuso
mudar de casca
criar asas
pular as brasas todas.
Quando penso que sou flor
sou nuvem
sou água
sou etéreo silêncio.
Eu não vou embora
só quero dar boa noite,
meus senhores e minhas senhoras.
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Valéria Britto
às
23:17
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domingo, 4 de novembro de 2012
Pedidos atendidos
Já quebrei a cara sim. Já caí e ralei meu joelho e minha alma. Fiquei desconfiada, ressabiada. Comprei um livrinho de oração, chorei aos pés da cruz, confessei minhas dores a ouvidos bondosos e pacientes. Já adormeci em lágrimas numa noite escura mas a vida entrou pela minha janela às cinco da manhã com o sol esquentando meus pés.
Sou positiva, otimista, filha de um Deus vivo e maravilhoso. Pode ser difícil levantar pela manhã, enfrentar pequenos medos, dar grande passos, decidir pelo contrário, enxugar prantos. Mas quem foi que disse que viver é fácil?
E que venham as tempestades e as bonanças. Ora fecho as janelas e aparo os pingos das goteiras, ora abro a janela e balanço meu corpo leve na rede.
Alma flexível. Sabedoria do sim e do não. Paciência. Temperança. É isso aí: peço a Deus coisas que ele me dá (de formas estranhas às vezes). A verdade é que nossa parceria é maravilhosa. Eu quebro e Ele remenda, emenda, restaura. Deus de minha alma. Minha calma.
Sou positiva, otimista, filha de um Deus vivo e maravilhoso. Pode ser difícil levantar pela manhã, enfrentar pequenos medos, dar grande passos, decidir pelo contrário, enxugar prantos. Mas quem foi que disse que viver é fácil?
E que venham as tempestades e as bonanças. Ora fecho as janelas e aparo os pingos das goteiras, ora abro a janela e balanço meu corpo leve na rede.
Alma flexível. Sabedoria do sim e do não. Paciência. Temperança. É isso aí: peço a Deus coisas que ele me dá (de formas estranhas às vezes). A verdade é que nossa parceria é maravilhosa. Eu quebro e Ele remenda, emenda, restaura. Deus de minha alma. Minha calma.
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Valéria Britto
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20:13
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Alma de criança
Ai que saudades da minha infância
do não saber das agruras do mundo
do correr atrás da bola
do deitar-me à luz do sol
do temer encher-me de verrugas por contar estrelas.
Saudades do meu coração leve
do meu pé no chão
do meu peito sem vestido
do meu joelho esfolado
da minha alma inteira e crente.
Não é saudade de ser criança
é uma vontade de querer deixar-me ser
diferente do que sou agora.
do não saber das agruras do mundo
do correr atrás da bola
do deitar-me à luz do sol
do temer encher-me de verrugas por contar estrelas.
Saudades do meu coração leve
do meu pé no chão
do meu peito sem vestido
do meu joelho esfolado
da minha alma inteira e crente.
Não é saudade de ser criança
é uma vontade de querer deixar-me ser
diferente do que sou agora.
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Valéria Britto
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13:08
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