sexta-feira, 17 de abril de 2015

A centelha

Lá fora o que há aqui dentro
Ando como sempre andei :
Cheia de dúvidas e de amor.
Já não sou mais uma criança
insiste nisso o mundo inteiro
Cá dentro do meu corpo que caminha para a velhice sinto o gosto do pudim de leite da minha mãe e as minhas mãos estão ainda entre as do meu pai.
As promessas. O bem querer. A linda descoberta de me saber entregue ao amor que gera vida - tornaram-me uma adulta cheia de olhos infantis e abraços adolescentes.

Eu. A que olha pela janela, e acredita.
Eu. A fortaleza dentro de um vaso de flor.
Eu. A paixão e todo amor.

A centelha do infinito hoje está ardendo um pouco mais.