sábado, 29 de novembro de 2014
Encontro
Postado por
Valéria Britto
às
23:09
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Dos saberes
No céu a lua crescendo
me dizendo das coisas indizíveis
e seculares de que nada sei.
Uma maresia brota dos meus olhos
Uma água que verte em dias assim.
Dói não saber.
me dizendo das coisas indizíveis
e seculares de que nada sei.
Uma maresia brota dos meus olhos
Uma água que verte em dias assim.
Dói não saber.
Postado por
Valéria Britto
às
09:49
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Fragilidade
me deixava brincar na máquina de costurar
não conseguia deixar de perguntar a que horas eu voltaria mesmo que ainda nem houvesse saído
encheu minha cabeça de ditados que somente mais tarde descobri o sentido
seu ocaso faz das minhas palavras, fugitivas
sem saber bem o que fazer com seu choro infantil
pedindo coisas que não se podem dar
fico ali, sentada, olhando a fragilidade do mundo materializada nos cabelos brancos
e no silêncio da minha vó.
não conseguia deixar de perguntar a que horas eu voltaria mesmo que ainda nem houvesse saído
encheu minha cabeça de ditados que somente mais tarde descobri o sentido
seu ocaso faz das minhas palavras, fugitivas
sem saber bem o que fazer com seu choro infantil
pedindo coisas que não se podem dar
fico ali, sentada, olhando a fragilidade do mundo materializada nos cabelos brancos
e no silêncio da minha vó.
Postado por
Valéria Britto
às
22:49
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014
A vovozinha, a netinha e a lua
Toda poesia incrustada naquela lua redonda e amarela
nascida ao pé da serra
fez-me ver, distante,
uma infância arrodeando o vestido de minha vó.
A criança hoje crescida e
a senhora numa idade desmedida,
com olhos distantes,
já viram da porta da cozinha,
recitando quadrinhas
essa lua cheia de outras histórias.
Não se perdem no tempo
nem os olhos
nem a luz
nem as palavras infantes:
"Bênça, mamãe Lua
me dê um pouquinho de farinha
pr'eu dar a minha galinha
que está presa na cozinha'
Vem, mamãe Lua
iluminar esses olhinhos ermos
sentados, agora, na sala de estar.
A poesia então é outra
- hoje está cinza e silenciosa.
Postado por
Valéria Britto
às
21:08
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