terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Alumiada



A luz que me alcança
Se desfaz entre as árvores
Transforma-se em folhagem
Recolhida pelas formigas
Devoradas pelas aranhas
Dizimadas pelo medo e pela vida.

A luz que me alumia
Já deixou de ser claridão
Velhinha e passageira
Escorre pelas cercas, pelas porteiras,
Resseca olhos e mourões.

Final de tarde. Raiar do dia.
Ponho auroras e adormecidos horizontes
No meu peito de sol e sal.
Respiro cheia de promessas