Trazia no peito o cheiro da lua minguando
no peito, papoulas e arrebóis
Não era mais que uma menina
não trazia mais que horizontes
e esperanças de que a dor
(a sua e a alheia)
iria se transmudar em passarinhos.
Pela janela via o tempo
a criançada
a ventania
a moçada
a monotonia
-deslumbrada via a noite
via o dia.
Vez ou outra
quando a lua crescia
- cheia de segredos -
adentrava quartos
como flor alada.
A menina que habitava em seus olhos
muda
embevecida
vez por outra lembrava que crescera
(lua bela, lua linda, palavras de terna poesia)