segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sem molduras. Com saudade.

o homem empurrava uma carrocinha nos finais de tarde
algodão doce, feito na hora
depois de um dia de brincadeiras e banho tomado
sentados na calçada
os meninos daquela rua sentiam
a noite que vinha enegrecendo os paralelepípedos
parecia que o por-do-sol
punha a esperança da brincadeira marcada para depois da janta

hoje eu sou uma saudade
das sopas e macaxeiras
dos doces de banana em calda
das pinhas e siriguelas
das músicas decembrinas de Roberto Carlos
dos sorrisos fáceis e perfumados de pipoca e cocada.

nas palavras
as imagens
sem molduras
partes de mim.

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