sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Urgência

Olho rapidamente
pelas janelas da vida
abertas ao meu redor
Aceleradamente
como criança descendo ladeira
descubro o mistério
de ser passageira
ou condutora.
Meu corpo pede calma
minha alma pede água
meu pés, sem descanso,
oferecem calos.

Despeço-me desse devaneio
no meio da tarde
A hora avança
os ponteiros trepidantes
apontam para fora.

Adeus às janelas
o mundo me aguarda
à soleira da porta.