sábado, 26 de março de 2011

Que caminhos teremos sido?

Quando se escolhe um caminho e no meio dele descobre-se que era o caminho errado...
Volta-se para a bifurcação. Realinha-se. Escolhe-se novamente.
Embora tenhamos voltado, não voltamos.
Nossos passos foram por ali, viram aquelas coisas, sentiram na pele os galhos do aceiro.
Em nossos braços ficaram as marcas, em nossos olhos as imagens.
Quem pode apagar por completo os passos da caminhada?
E na minha frente há sempre o horizonte
E está sempre a minha frente.
Não olho para trás. Você não deve olhar para trás.
O que há de ser lembrado e o que não se pode esquecer reside dentro
Do peito, do corpo, da respiração.
Causas de alegria e desprezo.
Silêncios e algazarras. Música e silêncio.
Não se apaga.
Escolhemos deixar de lado, passar ao lado.
Que construção seremos ao fim de tudo?
Que caminhos teremos sido? Rua sem saída, labirinto, praia de terra batida, leito do rio, lamaçal?
Ao longe, adiante, no horizonte, a lua.
Fases. Estações. Como nós.