sábado, 25 de janeiro de 2014

Espiando

cada casa uma janela
cada janela uns pares de olhos
olham a tarde caída aos pés da noite
enxergam as miudezas da escuridão
cada vaso uma flor
um vazio
um cheiro de eternidade finita
em folhas de umburana
em folhas de papel
os mistérios
as misérias
as mixórdias
a ordem das estrelas (de)cadentes
cada marca
uma estrada
um mourão
uma despedida
a chegada.
da minha janela
uma parte
tão pequena!