sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Em construção

Decido ser assim. Faço das minhas pedras ornatos de jardim. Um canteiro esperando por uma flor.
Meu peito clama por mais e a vida tantas vezes me manda menos...
Num precipício suspiram meus olhos. De lá, bem do fundo, emerge o cheiro da origem das belezas sublimes de que me falaram outrora.
A esperança de um horizonte com cheiro de mar porque o que me inquieta é o sertão longe das ondas salgadas.
A meninice do meu coração: as sementes que planto com as pontas dos dedos, as miudezas e gentilezas do desabrochar por mim.
Sou assim. Caminho e peregrino, vento e solidão.
Esperando que tudo melhore, que a dor passe, que a saudade cesse, que me digam sim, que me digam não.
Inacabada. Em construção.