terça-feira, 24 de julho de 2012

Caminho de volta

As palavras falam
calam os meus silêncios.
Tenho dormido com elas
esparramadas no meu travesseiro
noites frias.
Misteriosos esses meus labirintos
em que me encontro 
me perco
e não ouço nem o ritmado amanhecer
do dia
que já entrou no meu quarto.
Tragam-me dicionários 
que traduzam esse fremir
do que eu não disse
mas que anda estampado no meu peito
aberto
fechado.
Os silêncios calam
falam dessas palavras
de edificação 
de muros e pontes.
Eu deveria ter marcado o caminho de volta.