Tenho hoje quarenta anos. Quando tinha dezoito pensava que as amigas da minha mãe (e também ela) eram idosas - mulheres tão diferentes de mim!
Desses anos de juventude trago comigo uma miscelânea de fatos, amores, pessoas que me transformaram em mim. Continuo sendo crédula, esperando dos outros sempre o melhor - sou até infantil, às vezes. Fico infinitamente feliz em colocar meus pés na areia da praia, caminhar enfiando meus dedos na parte mais fofa que houver, permaneço encantada com a beleza das pequenas coisas.
Aos quarenta não preciso que me lembrem das agruras da vida, porque ela, a vida, já encaminhou para longe dos meus olhos pessoas maravilhosas e oportunidades ímpares. Tenho certeza de que tudo são estações e que se hoje meu coração sofre, amanhã pode alegrar-se.
Esse caminhar todo dia faz possível a flor, o espinho, o sossego, a tormenta. Faz do coração altar e punhal.
Posso comemorar a felicidade, sabendo-a efêmera. E chorar até os olhos ficarem inchados - essa dor também passará.
A relatividade das coisas, já aprendi. Descubro que talvez aos oitenta aquele coração ansioso e apaixonado dos dezoito ainda esteja contemporizando a vida que existe nos segundos de cada momento.
Desejo serenidade e sabedoria, saber discernir entre tolices e eternidades. Continuo aprendendo. Aos dezoito eu já sabia muita coisa, mas aos quarenta desconstruo minhas muralhas. Novos caminhos, novas conexões. Vida nova em antigos olhos de aprendiz.
Desses anos de juventude trago comigo uma miscelânea de fatos, amores, pessoas que me transformaram em mim. Continuo sendo crédula, esperando dos outros sempre o melhor - sou até infantil, às vezes. Fico infinitamente feliz em colocar meus pés na areia da praia, caminhar enfiando meus dedos na parte mais fofa que houver, permaneço encantada com a beleza das pequenas coisas.
Aos quarenta não preciso que me lembrem das agruras da vida, porque ela, a vida, já encaminhou para longe dos meus olhos pessoas maravilhosas e oportunidades ímpares. Tenho certeza de que tudo são estações e que se hoje meu coração sofre, amanhã pode alegrar-se.
Esse caminhar todo dia faz possível a flor, o espinho, o sossego, a tormenta. Faz do coração altar e punhal.
Posso comemorar a felicidade, sabendo-a efêmera. E chorar até os olhos ficarem inchados - essa dor também passará.
A relatividade das coisas, já aprendi. Descubro que talvez aos oitenta aquele coração ansioso e apaixonado dos dezoito ainda esteja contemporizando a vida que existe nos segundos de cada momento.
Desejo serenidade e sabedoria, saber discernir entre tolices e eternidades. Continuo aprendendo. Aos dezoito eu já sabia muita coisa, mas aos quarenta desconstruo minhas muralhas. Novos caminhos, novas conexões. Vida nova em antigos olhos de aprendiz.