quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Tetos de vidro

Ecoando nos meus ouvidos
ficam as dores do mundo
as saudades da alma.
Distantes e tão perto
estão os olhos alheios
as mãos sofridas
os amores perdidos
as palavras lançadas
e todas as flechas de amor
que vi quebrarem
vidros, retinas e vidas inteiras.
Se faço parte dessa dança
sem par
que importa?
Tenho que movimentar
a singeleza aviltada da minha indignação.
Pelo caminho, sou caminhante
pelos cantos, ouvinte atenta
pelos palcos - ah! timidez! - falante rubra.

A seca não é só na terra árida
a alma não é só no corpo são
os tetos são todos de vidro
as pedras são todas no chão
As rimas não moram em mim
mas as letras
as ditas e não ditas
conhecem meus vãos.


Ecoando nos meus ouvidos
ficam as dores do mundo
as saudades da alma.

Endereço da imagem