quarta-feira, 25 de maio de 2011

Erva de espinho

Eu vejo coisas que todo mundo vê. Vejo coisas que não quero.
Há coisas que são inacreditáveis, como plantar uma flor e colher erva de espinho.
Em certos momentos não versejo porque as palavras estão machucadas
Espero do outro mais do que pode me dá?
Quase sempre.
Tenho medo do escuro. Não do que vê meus olhos.
A negra escuridão dos caminhos em que não encontro mãos
Nem ouço os breves suspiros das almas por mim veladas
Eu sinto coisas que não sei explicar
Sei de coisas que não ouso falar - e elas engolfam minha respiração.
É noite agora. E já era antes.
Lembro do conselho de outrora
Tenho que saber que tudo é estação
Já, já vou poetizar meus vazios outrora repletos de dúvidas e anseios.