sexta-feira, 27 de maio de 2011

Palavras ao vento.

Ouçam-me. Grito-vos aqui deste sofá.
Falo dos amores e injúrias
Das saudades esparramadas por sob a sombra das árvores.
Desenho letras miudinhas para falar de grandes hiatos
Breves tormentas, floridas primaveras entre as pedras.
Silencio meus batimentos cardíacos
Devo ouvir-vos, mas é tarde
O sono já vos carregou e dormis entre lençóis e sonhos.
Palavras ao vento... ao vento... e ele faz a curva
Volta-me sutil em pensamentos.
Ouço-me. Circulação.
É tarde. Desejo falar-vos ao pé do ouvido
Mas seriam muitas passadas em direção ao mar
Tão longe... tão distante.