quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Parabólica


A parabólica, de Hugo Araújo. As palavras, do vento que passou.


Vi a foto e me enchi de palavras.
A imensidão desenhada de nuvens laranjas
E nelas o final do dia
O silêncio dos pássaros aninhados em seus galhos
A balbúrdia dos pensamentos, dos meus e dos outros.
Muda parabólica, espiando, do quintal, o arrebol
Sinais do sol - linguagem de fogo
Sombras lançadas no concreto do horizonte.
Quem poderia revelar mais do que o olhar?
A ponte para a lua - a parabólica - que antevia os raios de prata.
Enquanto isso, anoitece.