terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pedregulhos da beira do rio

Amor de balançar a rede
Abraço de almas
Mãos que se dão e se tomam
No direito exclusivo dos que se vêem
Nas retinas que miram o mundo.
Amar de calar o vento
Consolar a dor de estrela escondida
Abóboda. Nuvem. Melodia de não ouvir
Palavra de não falar
- se me entrego não resgatar-me-ei dos seus abraços?
Deserto árido, saudade.
Óasis, mistério revelado no ocaso dos olhos
Cansados e exauridos por de repente não ver
A fina linha que costura-nos, unindo-nos um ao outro.
Mosaico. Arco. Pedra. Construção.
Seus quadris. São suspiros.
O que crescerá sem você?
Eterno que passa.
Pedregulhos da beira do rio.
Outono. Primavera.
Amor de frutos e flores.
Frenesi de sentir.
Sem palavras. Só o esplendor de saber-nos.