quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mestra e aprendiz

Você aprende e apreende quase tudo que lhe é apresentado. Isto é um fato. Agora se você vai pôr em prática, aí já é um capítulo novo de um outro livro.

Na vida há quem oriente, ensine, aponte, reposicione. Há coisas que são aprendidas pela dor, pela perda, pela cara quebrada, pela queda livre em direção ao vazio. E podemos até dizer que essas coisas são apreendidas, ficam presas nas nossas entranhas e servem como alerta nas situações adversas que teimam em se repetir.

Outras coisas são ensinadas no amor. São chatas e maçantes. São antiquadas. A maioria das vezes são relegadas e só resgatadas quando, mesmo que só intimamente, dizemos: bem que fulano me disse.

Se a caminhada é longa e vamos sair de chinelos, vem um andarilho e opina: se calçar um bom tênis a chance de se contundir será menor. Se há um trabalho extenso e importante vem um colega e diz: toma um café, alonga o espinhaço e começa de novo, oxigene as ideias. Se há uma atividade que ao seu término será vista por outros vem a mãe e diz a criança: faça bem feito, é a sua assinatura, é o retrato de sua personalidade impresso nos pequenos detalhes.

Se aprender é difícil, ensinar é uma missão penosa (e gratificante). Mestra e aprendiz. Eis-me aqui.