sexta-feira, 13 de abril de 2012

Vendavais de palavras e passarinhos

As dores do mundo, sinto, golpeiam o ar
Em movimento o vento assanha o meu cabelo
Eu vejo a lâmina afiada que passa no tempo, lá fora
Aqui dentro é tudo tão lento...
As cores do mundo, vejo-as e suspiro
- que paletas usarei para pintar esse amor que já não sabe ser vermelho?
Os silêncios guardados nas gavetas
Falam de sementes plantadas sob as pedras
Sobre flores natimortas
Sobre vendavais de palavras e passarinhos.
Nas asas encantadas de estrelas (de)cadentes
Os sorrisos tristonhos de uma menina enrubescida
Há tanto a dizer e tanto a escutar
Mas ninguém, ninguém fala.