segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pesadelo

As contas do meu colar rolando pelo chão
Os pés sem saber a direção
Paredes ocas e intransponíveis
Testa franzida e úmida de medo.
É noite. Está quente e estou só.
Na cama meus fantasmas
me olham da janela.
Deveria ter vestido meu pijama de flanela
Vejo luzes ao longe
Escuto vozes sussurradas.
Crispam-se minhas mãos ao redor do lençol.
Cerro meus olhos, forço-os a enxergar
Escuro. Escuro.
Fugaz momento. Desperto do pesadelo.
E a vida é o cheiro de lavanda do meu banho
e meus chinelos aos pés da cama.

Ilustração do blog www.elcerdo.com.br