quarta-feira, 28 de março de 2012

Braguilha para trás. Patim. Lundum.

Tem dia que você amanhece com a braguilha para trás? Eu, sim.

O dia está lindo, eu acordei na minha caminha confortável, o café da manhã está pronto, meu cachorro "me sorri, latindo", minhas filhas estão com saúde, meu marido está do meu lado, minha família não está passando por nenhum problema gravíssimo, tem até uma rosa graciosa no jardim. Ainda assim meu humor não está bom.

O sol 'está muito claro'. O carro está muito quente. O telefone tocando me impacienta. O menino correndo no meio do salão é motivo para eu 'fuzilar' a mãe com meus olhos. E eu não estou na TPM. Só estou chateada. Não é nada que ninguém fez (ou esqueceu de fazer). Não é expectativa frustrada. Talvez seja mesmo o que diz a minha vó: pantim.

Via de regra, obrigo-me a deixar de lado esse lundum - não gosto de amuamentos. Tomo meu café, conto até dez antes de responder a perguntas bobas, saúdo cordialmente as pessoas. A impaciência não me permite recolher a rosa, nem ler pacientemente um poema. Chamo uns amigos pr'um café. Até para cara feia e abuso n'alma há tempo.