segunda-feira, 19 de março de 2012

Noite de verão

No escuro, respiro
Imagino que posso cortar o ar com uma faca.
Está quente e silencioso
A noite está muda, o vento nada balança
- talvez eu o tenha aprisionado.
Procuro a mão do meu amor
- está ali. Acaricio seu dorso.
Onde está meu sono?
Grita uma rasga-mortalha
- insone como eu?
No escuro, respiro
No claro, respiro
Pé ante pé surpreendo-me ao despertar
No escuro, dormi
Tenho medo de que tudo seja ilusão.