domingo, 15 de agosto de 2010

Tristeza

Tristeza ou desgosto, segundo definição na Wikipédia, é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. É o oposto da alegria.
Confudimos, muitas vezes, tristeza com depressão. Mas estar triste não é estar deprimido, é estar saudoso de alegria.
A tristeza de não ter conseguido ser aprovado no emprego, de ter respondido um redondo não quando todo seu corpo mandava falar sim, de calar a voz e o abraço e perder a única oportunidade de ter feito o que era para fazer.
"O cavalo selado só passa uma vez". Eu escutava este dito popular e não entendia. Por que? Havia tantos cavalos, e tantas selas. E aquele mesmo cavalo, não podia voltar pelo mesmo caminho?
Não compreendia que nesse conselho havia entre as letras o mesmo mistério de 'águas passadas não movem moinhos', de 'palavras ditas e pauladas dadas, ninguém as tira'.
Não compreendia que a flecha lançada ia junto com este cavalo selado - a minha vida, a sua vida, a vida de todos, sempre em frente, como um rio que não permite que suas águas sigam senão em frente.
E às vezes meu espírito fica triste pela palavra que não disse, pelo abraço frouxo, por ter olhado somente de soslaio, pela semente jogada no espinheiro, pelo silêncio.
A minha tristeza dura pouco tempo.
Padre Airton Freire ( http://www.padreairton.blogspot.com/ ), tem uma música com um verso assim:
A vossa tristeza qualquer dia, se transformará em alegria.
E ninguém, tirará vossa alegria.
Ele fala da tristeza da alma, que espera contemplar a alegria eterna.
Nesta espera, da alegria, meu espírito canta, jubiloso, repetindo as palavras de Jesus "Eu vou mas voltarei, eu não vos deixarei".
Nossas tristezas não podem durar muito. Dentro de nós existe um saudade do eterno que nos impulsiona a ultrapassar barreiras. Existe, além do agora, bem ali, um horizonte que se abre - e enquanto aguardamos a promessa da alegria que não passa, vamos nos envolvendo em fazer o bem, em doar nossas mãos e ombros, em cingir nossas vidas às dores dos outros, em aplicar retalhos nos velhos cobertores - vamos transformando tristezas em alegrias.