quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cantam os olhos meus?

Agora tenho palavras em meus olhos
E no caminho, o silêncio das estrelas
Escondidas neste céu de nuvens
Faz frio
Minha alma inquieta de saudades
De coisas indizíveis e não reveladas
Nem a mim, nem por mim.
Contemplo a fotografia.
De que será feita a lua
Além de queijo e de meus sonhos?
Recordo-me da sua brancura prateada
Refletida em minhas águas paradas
Canta a minha alma?
Cantam os olhos meus?
Amor meu em pedacinhos espalhados
Nos jardins do céu.
Assim descubro pequeno segredo:
A saudade é de mim,
Daquela que se revela nas flores boêmias
Úmidas do orvalho amoroso do frio.

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