quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Colcha de fuxico

Rever as pessoas. Reencontrar as pessoas. É bom demais!
Sentir novamente aquele abraço, aqueles olhos depositados em você. Ouvir as histórias de hoje e relembrar aquelas que partilhamos juntos.
É como tomar café com tapioca no final de tarde (não posso mais encontrá-la, dona Ivone, mãe de Valmira: essa comilança me traz a lembrança gostosa da sua cozinha e do seu riso escutando nossas besteiras).
No final do ano, no mês de dezembro, quando as pessoas se reunem na casa paterna para comemorar mais um ano que vem chegando, é uma oportunidade ímpar de rever quem escreveu conosco parte de nossa história.
Saudade às vezes me causa dor física.
Acho que isso é coisa de quem está envelhecendo e sabe disso.
As pessoas da minha vida.
O lanche dividido, as tardes de estudo, os banhos de piscina, a excursão da escola, as mãos dadas, o frio na barriga, as lágrimas advindas da mentira, o pão com forma de jacaré, as brincadeiras de bola, as conversas no final da aula, os risos.
Eu reencontro você e você sabe qual parte de mim lhe pertence.
Sou um vitral.
Por mim passou a sua luz e fico feliz por revê-lo, por receber seu abraço, seu e-mail.
Uma colcha feita de fuxico. Cada florzinha unida pela trama na função de enfeitar minha cama.
Fico feliz nos reencontros.