quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Flor da noite

Ao longe, sinto, vem a quentura do sol
Disso falam as estrelas
Nessa hora de semiescuridão
Quando latejam nossas meninices
Poesia das horas
Derramadas por entre meus cabelos
Flor da noite
Flor do campo
(Não cabem mais seus desenhos de plástico)
Hoje só aguento a vida
E nada mais que não a revele
Então me alegro.
Os vagalumes escondidos
As pequenas formigas sobre o bolo, na mesa
Há ainda as folhas do meu pé de acácia
Farfalhando. Nesse balanço me contam os mistérios e segredos do seu imponente silêncio.
O fascínio das pequenas coisas
Abre meu coração em pétalas
Já sinto a quentura do sol
Lambiscando meus pés descansados na cama.