segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Infinito


Porque somos finitos.
Talvez sejamos infinitos.
Qual a sua crença?
Podemos fazer a diferença
Quero ser diferente
Embora igual na condição
O além que agora chega
O difícil que não compreendo
A ausência da saudade
Do que não sei
Você sabe?
Olho as minhas mãos
Ancestrais
O caminho do amanhã
No silêncio dos meus olhos
Ouço o mormaço desta tarde
Arde
O fogo da querência
Ecos
Da voz que, calada,
Grita e suspira no meu peito.
Suspeito
Que ainda sou apaixonada
Que ainda caminho na mesma estrada
Asa. Borboleta, passarinho
Folha. Milho do mês de junho crescendo lá no quintal
Sol. Lua. Sol. Lua
Foi-se um mês, atrás do outro
Fui-me eu – a procura do que me preenche
Arrebol
Noite estrelada
Infinito
Passatempo
Nas minhas linhas
Ora escritas, ora emaranhadas
A minha vida
Transcrita em breves trechos
Que seus olhos lêem.


Um pouquinho de poesia. Que é do que somos feitos. Somos poemas de Deus. Finitos e infinitos, dependendo dos olhos que nos enxergam ou como escolhemos caminhar.
No meu coração a alegria de ser quem eu sou e estar como estou.

www.recantodasletras.com.br - procure por Valéria Britto